Kalos: The Other Side



Do You Really Know Kalos?


Você entra em um pequeno estabelecimento. Por algum motivo, você não se lembra do porquê de está lá, nem como chegou. Suas roupas estão gastas, e sua cabeça dói. O ranger da porta amplifica a dor de cabeça. Ao abrir, se depara com um bar velho e acabado. O chão de madeira faz sons quando pisa. Uma música de provavelmente seis décadas atrás toca por uma vitrola, que faz alguns rangidos enquanto tenta executar a música. Mas o mais notável é o cheiro de mofo e álcool que alcança suas narinas e deixa um pouco de tontura.

A melhor alternativa é dar meia volta ir embora, mas você escuta uma voz que mostra que não está sozinho:

— É perigoso alguém jovem como você andar por aí nesse horário. — diz um senhor limpando o balcão. — Entre, ofereço algo por conta da casa.

Sem muito o que fazer, você escolhe entrar. Está frio lá fora, além de tudo. Fecha a porta e escuta o ranger chato uma última vez. Em seguida, o som dos próprios passos, até cessar quando você se senta em uma cadeira próxima ao balcão. Não há ninguém além de vocês dois.

O velho senhor começa a limpar um dos copos enquanto procura algo para servir a você. Tal como seu bar, ele tem uma aparência suja. Os poucos fios brancos que lhe restam estão emaranhados como sua barba, e as vestes são quase trapos. Quando ele encara, você percebe que um de seus olhos deve ser de vidro. Ele dá um sorriso, com alguns espaços onde deveriam estar dentes.

— Você deve ser novo(a) por aqui... Kalos é cheio de turistas. — comenta ele, organizando os copos. — Afinal, o sonho de muita gente é vir para cá. Cidades românticas como Lumiose, bonitas como Laverre, históricas como Camphrier...

Em seguida, ele para com a atividade e se apoia no balcão, se aproximando de seu rosto. Em um impulso você se afasta, mas ainda estão próximos o suficiente para que você consiga sentir seu hálito apodrecido quando ele abre a boca em um sorriso. Em seguida, com uma voz sussurrada macabra com um toque de deboche ele diz:

— E se eu te dissesse que nem tudo é tão lindo assim? — ele faz uma curta pausa. — Sabe como é, aqui é cheio de histórias, daquelas que permanecem vivas quando são compartilhadas, mesmo que não devessem... Que passam de boca em boca, sem que ninguém tenha conseguido comprovar a veracidade. Ou que tenha sobrevivido para contar. Histórias que eu não deveria contar, na verdade... Mas acho que você tem um pouco de tempo para matar, não é? 

O que acha de conhecer o outro lado de Kalos?


Dados Técnicos

Publicação: Aleatória;
Gêneros: Terror, suspense, mistério, darkfic;
Classificação indicativa: +16
Avisos: Insinuações, uso de drogas ilícitas, 


Contos

CONTO 1: QUER BRINCAR COMIGO?

Em uma mansão de Vaniville Town, alguns séculos atrás, uma família encontra problemas clássicos: Um pai ausente, uma garota solitária e uma madrasta má. Em meio aos mal tratos da madrasta, Sarina encontra como refúgio sua pequena boneca para brincar. Entretanto, talvez elas tenham um conceito diferente para "brincadeiras". 

Parte 1
Parte 2 [Em breve]